Diddy Busca Anular Condenação por Tráfico Sexual ou Novo Julgamento

O rapper e magnata do entretenimento Sean "P. Diddy" Combs, condenado no início de julho por transporte para fins de prostituição, apresentou uma moção à Justiça buscando anular sua condenação ou, alternativamente, a realização de um novo julgamento. A condenação, baseada na Lei Mann – que visa combater o tráfico sexual –, surge após um processo que levantou questionamentos sobre o papel do artista na logística de encontros sexuais.

Os argumentos da defesa, protocolados nesta quarta-feira junto ao juiz Arun Subramanian, centram-se na alegação de que Diddy não obteve lucro financeiro com a atividade, não participou sexualmente dos encontros e não foi o organizador direto da logística. Durante o julgamento, testemunhas, incluindo ex-parceiras como a cantora Cassie Ventura e uma fonte identificada como "Jane", corroboraram que Combs não se envolvia sexualmente, limitando-se a observar ou registrar os encontros.

Segundo a defesa, Ventura e "Jane" eram as principais responsáveis pela organização das viagens, hospedagens e pagamentos aos profissionais do sexo. Os advogados de Diddy argumentam que seu cliente agia apenas como um "voyeur", citando decisões judiciais anteriores que estabelecem que o pagamento por voyeurismo, por si só, não constitui prostituição. Adicionalmente, a defesa sustenta que as gravações feitas por Combs são protegidas pela Primeira Emenda da Constituição Americana, que salvaguarda a liberdade de expressão, caracterizando-as como produção de pornografia amadora para consumo pessoal.

Combs foi declarado culpado de dois acusações de transporte para fins de prostituição, mas inocentado de tráfico sexual e associação criminosa. Caso a anulação da condenação não seja concedida, o artista solicita um novo julgamento, onde apenas evidências estritamente ligadas às acusações pelas quais ele foi condenado sejam consideradas.

Atualmente, Diddy aguarda sua sentença, com previsão para 3 de outubro. Ele encontra-se detido em um centro de reclusão no Brooklyn, Nova York. A pena máxima para os dois crimes pelos quais foi condenado pode atingir até 20 anos de prisão.