Polícia conclui como indeterminada a causa da morte de adolescente que injetou líquido com restos de borboleta

A Polícia Civil da Bahia (PC-BA) concluiu como indeterminada a causa da morte de Davi Nunes Moreira, adolescente de 14 anos que faleceu em fevereiro deste ano. Ele havia injetado um líquido contendo restos de borboleta na perna. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (13), aproximadamente quatro meses após o óbito.
De acordo com a corporação, o inquérito policial foi finalizado e remetido à Justiça. Contudo, a PC-BA não divulgou detalhes sobre a data exata do envio nem o conteúdo completo da investigação. O laudo cadavérico não apontou a causa da morte, e os resultados dos exames toxicológicos solicitados pela polícia também não foram detalhados publicamente.
A reportagem do g1 buscou contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e o Ministério Público estadual (MP-BA) para verificar possíveis manifestações sobre o caso. No entanto, não houve retorno até a última atualização desta matéria.
Davi residia em Planalto, município do sudoeste baiano. Dias após o experimento com a substância, ele começou a apresentar sintomas como febre, vômitos e inchaço na perna. Foi levado pelo pai ao Hospital Geral de Vitória da Conquista, localizado a aproximadamente 46 km de Planalto.
Durante o atendimento médico, o próprio adolescente narrou à equipe que havia amassado uma borboleta, misturado os restos com água e injetado o líquido na perna utilizando uma seringa.
Davi faleceu poucos dias depois. O caso ganhou repercussão nacional e serviu de alerta para profissionais de saúde sobre os perigos de automutilação e experimentos corporais não supervisionados.