Presidente da LaLiga alfineta Piqué e minimiza Kings League: "Nem vejo pelo retrovisor"

O presidente da LaLiga, Javier Tebas, voltou a polemizar ao minimizar a relevância da Kings League, competição criada por Gerard Piqué. Durante participação em um evento esportivo em Madri, o dirigente espanhol afirmou categoricamente que não considera o torneio sequer uma ameaça ao futebol tradicional.
"Nem vejo a Kings League pelo retrovisor", declarou Tebas. "É um projeto louvável, mas está longe de competir com os esportes premium em termos de público ou seguidores". Ele definiu o torneio como "algo baseado em youtubers, misturado com jogadores veteranos e um fenômeno esportivo diferente. Nada além disso".
Criada em 2022 pelo ex-zagueiro do Barcelona, a Kings League rapidamente ganhou destaque nas redes sociais com seu formato inovador: partidas com regras alternativas, participação de criadores de conteúdo e a presença de ex-atletas. A liga já se expandiu para diversos países, incluindo México, Argentina e Brasil, oferecendo prêmios significativos.
Apesar do notável engajamento digital e da repercussão entre o público jovem, Tebas manteve sua posição, reiterando que a Kings League não representa um risco real à hegemonia do futebol. Ele também contestou a ideia de que o interesse pelo esporte estaria diminuindo entre os mais jovens.
"Quando a Kings League surgiu, houve um 'boom'", admitiu. "Mas é só olhar os arquivos: eles funcionam, estão crescendo, mas não são substituto para a LaLiga. O futebol ainda é o rei dos esportes e continuará sendo, desde que não façamos bobagens", frisou o presidente da LaLiga.
Tebas ainda destacou dados de audiência da última temporada para defender a força do futebol sob sua gestão. Segundo ele, a LaLiga alcançou quase 19 milhões de espectadores nas duas divisões, com um crescimento particularmente expressivo entre mulheres e jovens. "Sempre dizem que os jovens perderam o interesse, mas onde mais crescemos foi justamente nesse público", pontuou. Ele concluiu expressando maior preocupação com os espectadores mais velhos, que, em sua visão, enfrentam mais dificuldades com as novas tecnologias para assistir aos jogos ao vivo.
