STJD abre inquérito contra Bruno Henrique por suspeita de manipulação de resultado

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, tornou-se alvo de um inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira (7). A investigação busca apurar uma possível infração disciplinar do jogador, que foi indiciado pela Polícia Federal sob a suspeita de forçar um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023. A alegação é que o ato teria como objetivo beneficiar apostadores, incluindo familiares do atleta.
A decisão de instaurar o inquérito foi formalizada pelo presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, com respaldo no artigo 81 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O auditor Maxwell Borges de Moura Vieira foi designado para conduzir a investigação, tendo um prazo inicial de 15 dias para apresentar um relatório, com possibilidade de prorrogação por mais 15 dias. A Procuradoria do STJD também foi notificada para acompanhar o desenrolar do processo.
Apesar do inquérito, Bruno Henrique não foi preventivamente suspenso e permanece à disposição do Flamengo. Desde o indiciamento, ele participou de seis jogos, alternando entre titularidade e suplência, sem marcar gols ou dar assistências. O clube carioca, por sua vez, mantém o jogador em atividade, amparado no princípio da presunção de inocência, enquanto aguarda o desfecho das investigações.
No início de maio, a Justiça do Distrito Federal negou um pedido da família de Bruno Henrique para impor sigilo ao caso. O juiz Fernando Brandini Barbagalo também autorizou o compartilhamento das provas com o STJD e rejeitou um recurso da defesa do atleta que visava impedir o envio do material à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, atualmente em curso no Senado.