Time de James Rodríguez que estava no grupo do Flamengo é excluído do Mundial

O clube mexicano León, que contava com James Rodríguez em seu elenco, foi impedido de participar do Super Mundial de Clubes da Fifa. A decisão, proferida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), exclui o time do Grupo D, que inclui Flamengo, Chelsea e Espérance, da Tunísia.

A exclusão se deve ao fato de o León ter o mesmo proprietário do Pachuca, outro clube mexicano já classificado para o torneio. Essa situação infringe o regulamento da Fifa, que proíbe que uma mesma pessoa física ou jurídica controle ou exerça influência sobre mais de um clube participante da competição.

O León tentou reverter a decisão em uma audiência realizada na Suíça, argumentando que cumpria todos os requisitos de elegibilidade e que não pertencia à mesma entidade jurídica do Pachuca. No entanto, a alegação não foi comprovada. A audiência contou com a participação do árbitro brasileiro Daniel Cravo Souza, ao lado do italiano Massimo Coccia, sob a presidência do paraguaio Roberto Moreno.

De acordo com Raphael Paçó Barbieri, advogado especializado em direito desportivo, o León contestava o próprio regulamento da competição e da Fifa, buscando comprovar a inexistência de vínculo com o Pachuca e de conflito de interesses. Ele explica que o CAS geralmente entende que a Fifa tem competência para definir seus regulamentos, a menos que sejam injustos ou desproporcionais.

Diante da exclusão do León, a Fifa determinou que um playoff será disputado entre o América do México e o Los Angeles FC, dos Estados Unidos, para definir o substituto. A escolha se baseou no ranking do time mexicano e no vice-campeonato da Concacaf conquistado pelos americanos. O Alajuelense, da Costa Rica, também manifestou interesse na vaga, mas sua candidatura foi rejeitada.

O Super Mundial de Clubes, que terá os Estados Unidos como sede, será realizado entre 15 de junho e 13 de julho, contando com a participação de quatro clubes brasileiros: Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras.

Em nota oficial, o León expressou indignação com a decisão, alegando que "os rivais foram muito influentes" e que "os interesses eram altos". O clube afirmou ter arcado com o custo e as consequências do processo, mas lamentou o sofrimento de torcedores e jogadores, que "mereciam mais respeito". O León também criticou o que considera a ausência de princípios esportivos no caso, afirmando que a participação no Mundial nunca foi uma questão de poder ou dinheiro, mas sim de buscar a glória no campo. O clube ainda acusou seus opositores de difamação e estigmatização, e prometeu lutar para reconquistar, em campo, o lugar que lhe foi "arrebatado". Por fim, o León desejou sucesso ao seu substituto no Mundial, esperando que os valores esportivos sejam honrados e respeitados.