A última ponta: Planet Hemp anuncia turnê de despedida com estreia de show em Salvador

Publicado em 17/06/2025 às 16:04:50
A última ponta: Planet Hemp anuncia turnê de despedida com estreia de show em Salvador

Após mais de três décadas de trajetória, o Planet Hemp anunciou que dará um tempo dos palcos com uma turnê de despedida. O grupo, formado atualmente por Marcelo D2, BNegão, Formigão, Pedro Garcia, Daniel Ganjaman, Nobru e Venom, realizará uma série de shows pelo Brasil para marcar o encerramento temporário de suas atividades ao vivo.

O anúncio oficial foi feito em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (17). Durante o evento, que incluiu a exibição de um vídeo recapitulando a história da banda, os músicos destacaram a jornada de resistência que o Planet Hemp representou. "A última ponta da história do Planet Hemp nos palcos", declarou o comunicado divulgado.

A turnê terá início em Salvador, no dia 13 de setembro, com uma apresentação na Concha Acústica. A digressão seguirá por outras nove cidades brasileiras: Recife, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis. Os ingressos para os shows estarão disponíveis para compra no site da Eventim.

Marcelo D2 refletiu sobre a realização do sonho de construir o Planet Hemp. "Acho que a gente tem uma história longa. Essa banda nos anos 90, todo mundo sonhou muito em participar de um movimento que a gente nem sabia o que é que era. Era o sonho de todo mundo aqui fazer parte de algo interessante, eu acho que nesse momento a gente não sabia o que era e foi atrás. E a gente acabou virando o movimento. A gente não só fez parte, como fez o movimento acontecer", afirmou o vocalista.

D2 também ressaltou que a decisão de fazer uma pausa foi tomada de forma ponderada pela banda. "É um momento de plena consciência nossa de parar a banda, de falar 'Nossa, a gente precisa dar uma parada, a gente já fez o que tinha que fazer com o Planet', está sendo muito importante para a gente", explicou.

BNegão, por sua vez, descreveu o fim das apresentações como um momento agridoce de despedida, mas sobretudo de celebração, tanto com o público quanto entre os integrantes. Ele comparou o ciclo final a celebrações de descendência africana. "Tem uma energia diferente de final, que não é aquele final ocidental clássico. É aquele clássico, da descendência africana, que a galera comemora. Tem a galera que dança para ir para a guerra, dança para comemorar a colheita, e dança para um final de ciclo", pontuou BNegão.