Bahia: mais de um terço dos trabalhadores atuam em setores com foco em sustentabilidade

A Bahia demonstra um avanço significativo na sua força de trabalho voltada para a sustentabilidade. Em 2024, uma em cada três pessoas ocupadas no estado, o que representa 33,5% do total de 6,4 milhões de trabalhadores, atuou em "setores verdes" ou "potencialmente verdes".

Os dados, provenientes do estudo "Empregos Verdes na Bahia: Diagnóstico, Desafios e Perspectivas para uma Transição Justa", elaborado pelo Dieese com informações do IBGE para a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), revelam que 410 mil baianos (6,4%) estavam empregados diretamente em atividades verdes, enquanto 1,7 milhão (27,1%) atuavam em setores com potencial para a preservação ambiental.

Para fins de classificação, o estudo do IBGE, que define trabalhadores como aqueles que dedicaram pelo menos uma hora remunerada em um período de pesquisa, categoriza os empregos em verdes, potencialmente verdes, baixo impacto e alto impacto. Setores verdes incluem atividades como produção florestal e fabricação de biocombustíveis. Já os potencialmente verdes englobam práticas que, com o uso eficiente de recursos, podem contribuir para a sustentabilidade, como o cultivo de lavouras temporárias e certas atividades industriais e de construção.

Em contrapartida, 60,5% dos trabalhadores baianos (3,8 milhões) estavam alocados em setores de baixo impacto ambiental, enquanto apenas 6,2% (397 mil) atuavam em áreas de alto impacto. Ao longo da última década (2014-2024), a média de trabalhadores em setores verdes e potencialmente verdes na Bahia foi de 35,8%.