Condenado a 11 anos de prisão por estelionato, ex-BBB Nego Di afirma ter sido vítima: "Sinto a dor dessas pessoas"

Publicado em 16/06/2025 às 13:04:50
Condenado a 11 anos de prisão por estelionato, ex-BBB Nego Di afirma ter sido vítima: "Sinto a dor dessas pessoas"

Após ser condenado a 11 anos e dez meses de prisão pelo crime de estelionato, o humorista Nego Di quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre a decisão judicial. Em entrevista concedida ao programa 'Domingo Espetacular', o ex-participante do Big Brother Brasil declarou-se uma vítima no caso.

Dilson Alves da Silva Neto, nome real do humorista, foi sentenciado juntamente com seu sócio, Anderson Bonetti. A condenação ocorreu por enganarem consumidores em uma loja virtual chamada Tadizuera, que oferecia produtos a preços significativamente inferiores aos de mercado, mas que nunca eram entregues após a compra.

Em sua fala, Nego Di reconheceu o impacto de suas ações: "Eu tenho consciência de que, através de mim, um estelionatário acabou enganando pessoas. E eu gostaria de dizer que sinto a dor dessas pessoas porque eu vim do mesmo lugar dessas pessoas", disse ele, atribuindo a culpa ao seu ex-sócio.

Segundo dados da Justiça, aproximadamente 370 pessoas foram lesadas pela dupla. O humorista argumentou sobre sua intenção: "Não faria sentido eu acordar um dia e decidir 'vou dar um golpe nos meus seguidores', isso não existe. Quando descobri que era um golpe, expus o rosto dele nas redes, revelei onde ele morava, mas depois disso ele cortou contato comigo", afirmou.

Ainda na entrevista, Nego Di detalhou o sofrimento vivido durante o período em que esteve detido. "Eu estava sendo transportado numa viatura, algemado, vendo o mundo pelo vidro de um camburão. Pra mim, aquilo foi uma vergonha. Eu fui para o pior lugar que o ser humano pode ir, que é a prisão. Pior que isso, acho que só o cemitério".

O comediante relatou ter perdido 33 quilos enquanto esteve preso. Nego Di permaneceu custodiado na Penitenciária Estadual de Canoas por um período superior a quatro meses.

"Eu cheguei a ficar 72 horas seguidas sem comer nada. Estava deprimido, precisava de remédio para dormir e para acordar", concluiu sobre sua experiência no sistema prisional.