Família, amigos e fãs se despedem de Lúcia Alves em velório no Rio

O último adeus à atriz Lúcia Alves, que faleceu aos 76 anos na quinta-feira, ocorreu neste sábado (26) no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Familiares, amigos e admiradores compareceram à capela para a cerimônia de despedida. Um fã emocionado prestou sua homenagem com um cartaz que dizia: "Vá com Deus, Lúcia Alves".
Lúcia Alves lutava contra um câncer no pâncreas e também enfrentava diabetes e fascite plantar.
A atriz, que inicialmente sonhava em seguir os passos da mãe como psicóloga e dirigir uma escola para crianças com síndrome de Down, formou-se em fonoaudiologia antes de iniciar sua trajetória artística.
Sua estreia na televisão foi em 1969, na novela "Enquanto Houver Estrelas", da TV Tupi. No mesmo ano, ingressou na TV Globo, onde interpretou Geralda em "Verão Vermelho". Em 1970, alcançou um de seus maiores sucessos com a personagem Índia Potira na novela "Irmãos Coragem", de Janete Clair. Ao longo de 60 anos de carreira, Lúcia Alves demonstrou versatilidade, destacando-se em papéis diversos e divertidos.
Sua trajetória inclui participações em novelas como "Bicho do Mato" (1972), "Carinhoso" (1973), "Helena" (1975), "Nina" (1977), "Eu Prometo" (1983), "Partido Alto" (1984), "Ti Ti Ti" (1985), "Barriga de Aluguel" (1990), "Mulher" (1998), "O Cravo e a Rosa" (2000) e "Sob Nova Direção" (2004-2007). Sua última participação na Globo foi em "Joia Rara" (2013).
Além da Globo, Lúcia Alves atuou em novelas da Manchete, Record e SBT. Seu último trabalho na TV foi na série "República do Peru" (2015), da TV Brasil. No cinema, participou de filmes como "Lua Cheia" (1989) e "Bendito Fruto" (2004).
Afastada da TV desde 2015, Lúcia Alves havia expressado desinteresse em retornar às telinhas. Em março deste ano, durante o lançamento da novela "Helena" (Globo, 1975) no Globoplay, ela revelou em entrevista que não sentia mais vontade de atuar em novelas.
Em entrevista, Lúcia Alves detalhou os desafios do tratamento contra o câncer, mencionando as sessões de quimioterapia semanais e a importância da aceitação da doença. "A melhor coisa é aceitação. Quando você compreende isso e aceita as coisas, tudo se modifica e fica melhor", disse ela, ressaltando a importância de viver com as limitações impostas pela doença sem abrir mão de pequenos prazeres, como sua cerveja ocasional.