Feira de Santana registra primeira morte por dengue em 2025

A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana confirmou o primeiro óbito por dengue no município em 2024. A vítima foi uma idosa de 79 anos, identificada pelas iniciais R.F.S., residente no bairro Queimadinha. A paciente, que possuía histórico de hipertensão e diabetes, faleceu em 15 de abril no Hospital Geral Clériston Andrade, onde recebia atendimento devido a complicações da doença.
Segundo o relato das autoridades de saúde, os primeiros sintomas, como febre, vômitos e diarreia, surgiram em 2 de abril. A internação ocorreu em 4 de abril, quando a idosa já apresentava queda acentuada de plaquetas, letargia, aumento do fígado (hepatomegalia) e outros sinais clínicos preocupantes, que levaram à evolução para o óbito.
O caso foi tornado público em 23 de maio, por meio de um alerta epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde. O documento revelou que, de 1º de janeiro a 22 de maio, Feira de Santana registrou 955 casos suspeitos de dengue, com 123 confirmações. Destes casos confirmados, 24 apresentaram sinais de alarme, e um resultou na morte agora confirmada.
Os números atuais representam uma queda expressiva em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o município notificou 13.746 casos, com 5.750 confirmações. Em 2023, foram 849 casos com sinais de alarme e 21 classificados como graves.
Apesar da redução na incidência, a Secretaria de Saúde reitera a importância de não relaxar nas ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, detalhou os esforços empreendidos para conter a proliferação do vetor. "Além da atuação diária dos agentes de combate às endemias, que visitam residências para identificar e eliminar focos, aplicando inseticidas e larvicidas, também realizamos mobilizações educativas em escolas, unidades de saúde e comunidades", afirmou. Ele acrescentou: "Iniciamos ainda a instalação das ovitrampas, armadilhas eficazes no monitoramento da presença do Aedes aegypti em áreas de maior risco de infestação."
Matos também fez um apelo à população sobre a vacinação contra a dengue, que está disponível gratuitamente na rede pública para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. "É crucial que pais e responsáveis levem seus filhos para vacinar. A imunização é uma ferramenta vital para prevenir as formas mais severas da doença e diminuir o número de internações. Vacinas salvam vidas", enfatizou o secretário.
Dados da Secretaria de Saúde indicam que, entre fevereiro de 2024 e 22 de maio de 2025, foram administradas 34.129 doses da vacina contra a dengue no município, sendo 23.131 primeiras doses e 10.998 segundas doses.
A Secretaria de Saúde continua monitorando a situação epidemiológica e reforça o chamado à população para manter a vigilância e eliminar focos de água parada, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti.