Messi chega 'pé no chão' ao Mundial em retorno aos holofotes após 3 anos

Lionel Messi está de volta aos holofotes do futebol global, disputando pela primeira vez uma grande competição de clubes desde sua transferência para os Estados Unidos em 2023. O craque argentino lidera o Inter Miami na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, marcando seu retorno a um palco internacional relevante fora dos compromissos com a seleção nacional, embora com expectativas modestas para sua equipe.
Desde que trocou o PSG pelo Inter Miami em julho de 2023, Messi tem atuado predominantemente em competições norte-americanas, afastando-se dos principais torneios interclubes que dominam o cenário europeu e global. Isso o deixou "sumido", por quase três anos, dos torneios de elite entre times.
A nova configuração da Copa do Mundo de Clubes, no entanto, recoloca o argentino no centro das atenções entre as principais equipes do planeta. No formato anterior, a classificação via Concacaf Champions League seria o caminho, algo que o Inter Miami não alcançou de forma consistente (chegaram às quartas na última temporada). A vaga para este Mundial veio através da conquista simbólica da Supporters' Shield, pelo título da temporada regular da MLS.
Para Messi, esta primeira edição do torneio sob o novo formato representa a chance de adicionar o que pode ser o último título inédito em sua carreira. Tendo conquistado praticamente todos os troféus possíveis em sua trajetória europeia e com a seleção argentina, o desafio agora é levantar novas taças com o Inter Miami.
Contudo, o camisa 10 adota uma postura realista quanto às chances de sua equipe. O Inter Miami é considerado um azarão na competição e a projeção geral não aponta para um avanço à fase de mata-mata, integrando um grupo complicado ao lado de Palmeiras, Porto e Al Ahly. É uma situação bem diferente de quando ele integrava elencos repletos de estrelas no Barcelona e no PSG.
"É uma competição interessante. Ter a chance de ser parte de tudo isso é emocionante", disse Messi em entrevista à FIFA. Ele reconheceu a mudança de cenário: "As expectativas que eu tenho agora são diferentes das que eu tinha quando jogava por outros times, mas estou ansioso para competir contra os melhores [clubes] e fazer um bom trabalho."
O craque está escalado para o jogo de abertura desta noite, a partir das 21h, enfrentando o Al Ahly. Este Mundial pode ser encarado como uma espécie de "última dança" para Messi em um torneio de tal porte, considerando que ele se aproxima dos 38 anos (seu aniversário é em 24 de junho).
"Terá times enormes vindos de todas as partes do mundo, e isso atrai muita gente", completou o jogador. "Estamos falando de grandes clubes, com jogadores muito importantes que as pessoas adoram assistir. Será uma grande oportunidade para assistir aos melhores jogadores em campo aqui nos Estados Unidos."