Palmeiras pede inquérito e cita crimes graves em ataque à Academia de Futebol

Publicado em 12/08/2025 às 11:47:16
Palmeiras pede inquérito e cita crimes graves em ataque à Academia de Futebol

O Palmeiras oficializou, nesta segunda-feira (12), um pedido à Polícia Civil para a abertura de um inquérito sobre o ataque à Academia de Futebol ocorrido na madrugada do último domingo (11). A solicitação abrange crimes como dano patrimonial, periclitação da vida e potencial incêndio. O incidente aconteceu enquanto o elenco estava concentrado para o jogo contra o Ceará, pela Série A. Imagens de segurança revelam que pelo menos cinco pessoas encapuzadas ou utilizando capacetes arremessaram artefatos explosivos contra o portão principal do centro de treinamento, com um sexto indivíduo filmando a ação.

O clube entregou à polícia gravações internas, um relatório da segurança e outras evidências coletadas após o ataque. "Foram levantadas mais mídias, gravações do próprio Palmeiras, um relatório do segurança, então (fizemos a petição) para reunir isso tudo em um único documento, e entregar mais organizado, mais detalhado, ao delegado de polícia, para facilitar a investigação", explicou o advogado criminal do clube, Euro Maciel Filho.

Euro Filho também informou que um segurança estava na guarita no momento do ataque e quase foi atingido pelos artefatos, além de um princípio de incêndio ter sido registrado em um dos toldos do local. Apesar da dificuldade na identificação dos agressores, ele ressaltou a confiança nas investigações policiais. "A polícia tem os seus meios para investigar, o veículo no qual estavam, a placa do veículo, então acreditamos que a partir de um trabalho investigativo, que a polícia vá desenvolver daqui para frente, será possível identificar esses agentes e puni-los de acordo com a lei."

A presidente Leila Pereira manifestou indignação com o ocorrido, classificando os autores do ataque como "bandidos" e não torcedores. O atacante Flaco López relatou ter sido acordado pelo barulho das bombas e considerou a ação desrespeitosa, enquanto o técnico Abel Ferreira lamentou o episódio.

Este ataque é o incidente mais grave de uma série de protestos que vêm ocorrendo no clube desde o dia 6 de novembro, intensificados após a eliminação na Copa do Brasil para o Corinthians. Agora, a Polícia Civil avaliará a solicitação para formalizar o inquérito e dar prosseguimento às investigações, que incluirão a coleta de mais provas e oitivas de testemunhas.