Zé Cocá e Hassan cobram transparência da ANTT em nova licitação das BRs 324 e 166 durante audiência

Publicado em 10/05/2025 às 00:04:07
Zé Cocá e Hassan cobram transparência da ANTT em nova licitação das BRs 324 e 166 durante audiência

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), e o deputado estadual Hassan (PP) expressaram preocupação com a condução do projeto de licitação para a nova concessão das BRs 324 e 116 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A manifestação ocorreu durante a terceira audiência pública sobre o tema, realizada em Jequié, na última quinta-feira (8).

O deputado Hassan questionou a falta de discussão e a ausência de um cronograma claro que detalhe os investimentos previstos em relação aos valores dos pedágios a serem cobrados, alertando para possíveis prejuízos à população baiana. O parlamentar também pediu esclarecimentos sobre o investimento de R$ 500 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na manutenção das rodovias nos dois primeiros anos, e se esse valor será considerado no novo contrato.

Zé Cocá, representando a União dos Municípios da Bahia, ressaltou a importância da participação da sociedade organizada e dos prefeitos no processo. Ele estimou que a aprovação do projeto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) levará cerca de um ano e meio, prevendo o início da nova concessão para 2027.

O projeto, denominado Rota 2 de Julho, prevê investimentos de R$ 24 bilhões em 663 quilômetros de rodovias ao longo de 30 anos, incluindo duplicações, faixas adicionais, passarelas, viadutos e vias laterais. Hassan criticou a omissão da ANTT e a inércia da ViaBahia, que, segundo ele, não realizou as melhorias previstas no contrato anterior, deixando as rodovias em más condições por 15 anos.

De acordo com o modelo apresentado pelo superintendente da ANTT, Marcelo Cardoso Fonseca, o tempo de concessão aumentará de 25 para 30 anos, o número de postos de pedágio passará de 7 para 14, e o valor do pedágio será triplicado. O deputado Hassan estranhou o fato de que apenas serviços de tapa-buracos serão realizados nos dois primeiros anos da nova concessão, com obras estruturais previstas apenas a partir do terceiro ano.