Sindicato declara greve geral do Judiciário baiano em meio a imbróglios da votação do PCCV na AL-BA

Servidores do Judiciário baiano, representados pelo Sintaj, decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir do dia 6 de maio. A greve geral foi deflagrada após assembleia realizada nesta terça-feira (29), motivada pela indefinição em torno do PL 25.491/2024, que estabelece o Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) da categoria.

O projeto, que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) há seis meses, ainda não tem previsão para ser votado em plenário. Segundo o sindicato, a greve é uma resposta à falta de consenso entre os poderes Legislativo e Judiciário, bem como ao silêncio do Executivo estadual em relação ao tema.

Em nota, o Sintaj manifestou seu descontentamento com a morosidade no processo de aprovação do PCCV, ressaltando que a categoria esgotou todas as tentativas de negociação antes de optar pela paralisação. A entidade enfatizou que a greve é uma demonstração de que os servidores não se renderão às promessas vazias, ameaças, silêncio e inércia dos poderes.

Vale lembrar que, na semana anterior, os servidores já haviam realizado uma paralisação de 48 horas em protesto contra a demora na votação do PCCV. O plano, aprovado por unanimidade pelo Pleno do TJ-BA em agosto de 2024, aguarda desde então para ser pautado na AL-BA.