Campeão mundial de esqui, Lucas Braathen quer ser inspiração para fãs brasileiros

Publicado em 03/05/2025 às 00:39:14
Campeão mundial de esqui, Lucas Braathen quer ser inspiração para fãs brasileiros

Lucas Pinheiro Braathen, esquiador de 25 anos, nascido em Oslo, Noruega, filho de pai norueguês e mãe brasileira, nutre fortes laços com o Brasil, visitando o país desde a infância e demonstrando apreço pela bossa nova, futebol e culinária local, com predileção por churrasco, pão de queijo, brigadeiro e guaraná.

Reconhecido como um fenômeno no esqui alpino, Braathen sagrou-se campeão na categoria slalom da Copa do Mundo de 2023, ainda sob a bandeira da Noruega. Aposentou-se precocemente devido a divergências com a federação norueguesa, mas retornou às pistas em outubro de 2024, desta vez representando o Brasil.

Em dezembro, conquistou a primeira medalha brasileira em uma etapa da Copa do Mundo de esqui alpino, com a prata em Beaver Creek, EUA. Finalizou a temporada 2024/25 em sexto lugar geral e desfrutou de um período de férias no Brasil antes de retomar os treinos para os Jogos de Inverno Milano Cortina 2026, almejando a primeira medalha olímpica de inverno para o país.

"Meu sonho é voltar para o Brasil com uma medalha", declarou Braathen, expressando gratidão pelo carinho dos fãs brasileiros, que o abordam nas ruas para agradecer por sua representação nas competições. "Esse é um tipo de amor que só existe aqui no Brasil", afirmou o atleta, cujo português carrega um forte sotaque.

Após uma temporada inaugural de "experiências lindas" defendendo o Brasil, Braathen, comparado ao ex-atacante Ronaldo e apelidado de ‘fenômeno’, sente a pressão aumentar, mas ambiciona ser o melhor do mundo.

Apesar da modalidade pouco popular no Brasil, Braathen almeja inspirar os fãs, demonstrando que "tudo é possível". Conhecido por suas dancinhas e unhas coloridas, ele vê o esporte como uma forma de expressão artística, transmitindo a mensagem de que "não importa de onde você é, o seu sotaque, a sua roupa. Que o que importa são seus sonhos e que você pode fazer tudo o que quiser".

A liberdade de expressão foi crucial para sua mudança de bandeira, sentindo-se "aceito" no novo ambiente. Ao se aposentar, almeja inspirar pessoas e possivelmente residir no Rio de Janeiro, unindo-se ao mar e à natureza. No entanto, a mudança para o Brasil é inviável no momento devido aos compromissos profissionais e à dificuldade em resistir à culinária local, confessando: "Enquanto for um esquiador, não posso viver no Brasil, porque a comida aqui é uma delícia."